Autismo - Uma Vida em Poucas Palavras

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domingo, 15 de agosto de 2010

A Deficiência Social

Meu filho está de férias da escola, mas no entanto, permanece com as atividades terapêuticas que preenchem sua agenda e animam sua semana: é a clínica de estimulação da aprendizagem, a ginástica olímpica, a equoterapia, a terapia ocupacional, e nossos passeios. Penso, como uma família sem condições financeiras adequadas, pode num país como o nosso, proporcionar o atendimento e o lazer adequados a um filho com necessidades especiais. Estes atendimentos são dispendiosos e poucas são as famílias que conseguem custear a gama de propostas interessantes que surgem a todo momento, e que sem dúvida, têm um impacto positivo no desenvolvimento das crianças. Surge um sentimento de impotência e remorso em pais que não conseguem proporcionar o melhor atendimento a seu filho, ou que o privam de atividades que complementam o trabalho da escola. Sem falar que a ausência de atividades extra-classe exacerba a hiperatividade comum em síndromes como o autismo, aumentando as esteriotipias e interferindo na atenção necessária ao aprendizado.
Nossos autistas merecem locais com infraestrutura adequada: aulas complementares com metodologia apropriada a deficiência, espaço para prática de atividade física orientada, treinamento de atividades da vida diária, oficinas de criatividade e espaço de convivência.
Por quanto tempo teremos ainda que esperar pela criação destes serviços comunitários? É justo que nossas crianças tenham suas potencialidades restringidas pela falta de acessibilidade? Em época de campanha será que ao menos algum candidato se propõe a discutir o tema?
Nós, pais, aguardamos propostas e torcemos para que, em tempo breve, todas as crianças portadoras de necessidades especiais sejam acolhidas de forma efetiva.


Silvia Sperling.

Um comentário:

  1. Olá,
    Eu tenho síndrome de Aspeger e sei do que vc fala quando diz pensar na falta de condições financeiras para tratar um filho com autismo, pois meus pais não tinham essas condições, mas te digo que ser autista não é o maior problema, o maior problema de qualquer autista é a incompreensão das outras pessoas com a nossa condição, inclusive por parte de nossos próprios familiares, como nosso pais e mães, que não nos entendem, nossa maior dificuldade de fato é a interação social, te digo por que eu tenho 22 anos e sempre tive e ainda tenho problemas por não saber interagir com as pessoas de forma adequada, só para citar um das coisas que tenho dificuldades é saber quando usar um "Oi", eu disse a eles que eu nunca soube identificar em que situação fazer isso, como há muitas outras coisas sutis no comportamento social que não consigo perceber e para ser franca, não sei nem mesmo como definir, então não tenho no momento nem as condições de comunicar a eles esses problemas, então como conselho,se vc quiser, observe seu filho e veja onde ele falha em perceber coisas que para as outras pessoas é natural, pois para um autista é muito mais fácil perceber padrões exatos e matemáticos do que perceber sutilezas de linguagem corporal, social ou emocional, esses últimos em especial são como sobrenaturais para nós, se ninguém nos disser como eles funcionam de forma lógica e coesa e os seus princípios, eles ficam em nossas mentes como mistérios sobrenaturais rsrsrs

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