Autismo - Uma Vida em Poucas Palavras

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quarta-feira, 2 de junho de 2010

CARTA DE UMA MÃE ESPECIAL


Em 2003 realizei o sonho de grande parte das mulheres, tive um filho. Otávio nasceu em outubro, eu com 26 anos e cheia de expectativas para com minha nova rotina. Imaginava dias vagarosos, tomando chimarrão com minha mãe, passeando no sol com meu filhote, curtindo a televisão... Mas Otávio era inquieto, nasceu lindo, logo ficou bem gordinho e sem nenhuma constatação de doença. Queria sempre ser balançado, fosse no colo ou no carrinho, era impossível sentar em casa ou em uma praça, pois ele chorava, queria movimento. O tempo foi passando e notávamos que algumas coisas que outras crianças faziam não eram feitas pelo meu menino: não se interessava por outras crianças, não brincava com carrinhos e bola, era muito agitado, não atendia quando chamado pelo seu nome e apresentava atraso de linguagem, assim como não apontava para o que queria. Assim, aos 2 anos e meio, meu marido, que é médico, constatou o diagnóstico: Autismo. Naquele dia choramos muito e vi meu sonho ruir. Meu lindo menino, tão perfeito fisicamente, estaria fadado a isolar-se em seu mundinho, sem compartilhar as alegrias e tristezas que a vida nos oferece. Mas passado o tormento da noite, fui na manhã seguinte procurar uma escola infantil, para que ele pudesse conviver com outras crianças de sua idade, auxiliando-o na busca de novas aquisições sociais e cognitivas. Desde então, Otávio já fez inúmeros exames, faz acompanhamento médico e psicológico rotineiramente e é estimulado constantemente. Já fez musicoterapia, e atualmente está na ginástica olímpica, com atendimento psicopedagógico e frequentando escola regular pela manhã e escola especial no turno inverso. Hoje, com 6 anos, está feliz com suas descobertas, ainda não fala, mas já está acompanhando os trabalhos manuais em sala de aula, permanecendo sentado em grupo por bons períodos. Adora as escolas, as professoras e seus colegas, expressando à sua maneira. É um grande companheiro, adora passear e ir a restaurantes, é extremamente afetivo e seduz a todos com seu jeitinho único.
Nossa batalha será para toda vida e a cada dia há avanços e retrocessos. Para buscarmos forças nos aliamos a outras famílias na esperança de maior divulgação e conhecimento sobre a doença, e melhores condições para milhares de portadores que não usufruem de serviços de estimulação precoce, de maneira sistemática e satisfatória, e acabam longe da escola regular e do convívio social.

7 comentários:

  1. Silvia! Meu nome é leticia e tenho o Vicente de 2 anos e meio com diagnostico há um ano.Adoraria trocar ideias, experiencias contigo .Imagino que assim como eu, ja pensaste em tudo como opção de tratamento.E ouvir alguem que ja passou ultrapassou alguns steps do espectro, certamente será reconfortante.abraço.

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  2. Letícia,
    Que maravilha que fizeste o diagnóstico tão cedo. Cada vez os pais e profissionais de saúde apuram mais a observação no sentido de perceber sinais do espectro na mais tenra idade. Teu menino terá um leque de oportunidades para estimular suas habilidades e corrigir sintomas. Acho que o caminho é se cercar de profissionais qualificados e introduzir terapias de acordo com o momento. Particularmente, nunca utilizei dieta especícica para o Otávio, medicações somente em um período e atualmente ele frequenta a escola regular pela manhã e clínica teacch 3 vezes à tarde, além da ginástica olímpica e equoterapia. Há momentos felizes e outros nem tanto... Bjo.

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  3. Obrigada!! tambem sou medica e as vezes gostaria de saber menos, ma para o diagnostico foi importante.O Vicente esta em escolinha regular e ainda nao comecamos com teacch por acha-lo muito pequeno.Faz to, fono, musica e estamos pensando na equoterapia.Algum lugar para indicar?bj leticia

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  4. Para a prática da equoterapia há um belo lugar que é na hípica: Cavalo Amigo, mas é bem caro. O Otávio está frequentando o espaço mantido pela Brigada Militar, na terceira perimetral, que tem convênio com a clínica que ele frequenta, mas também é aberta para a população em geral. Se quiseres consigo o contato. Abraço. Silvia

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  5. Ja ouvi falar dos dois.Mas na hipica é muito longe.Gostaria do fone do da brigada. abc, leticia

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  6. Letícia,
    O contato lá é com a terapeuta ocupacional Lenise: 96814296. Aguardo notícias. Bjo.

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  7. ola
    ja ouviu falar do protocolo CEASE para autismo?

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